ESTRADA PARA A PERDIÇÃO : 4

CAPÍTULO 3 - NOVAS FERIDAS VELHAS CICATRIZES - parte 1



9:29 dia 27 do mês do desabroche. Se reunindo na entrada da cidade onde foi indicado eles vasculharam a área por um tempo. Hasz despertou meio embriagado mas ajudou na procura. Inclusive foi ele quem encontrou os rastros e marcas de sangue na área, assim como as pegadas que sugeria alguém que manca. As pegadas seguiam da estrada para a cidade mas se perdiam depois de pouco mais de 200m.

Depois disso foram para a Igreja de Andraste onde foram recebidos mais uma vez pela madre Ilana que os levou ao corpo de Pelor Sperc. O corpo estava quase completamente nu e já estava limpo. O homem de meia idade tinha o corpo bem definido por uma vida de batalhas, apesar de a idade já o ter lhe conferido mais peso. E era coberto de cicatrizes antigas e feridas novas. Após um tempo de análise encontraram sinais da causa da morte: os ferimentos eram pouco profundos sendo que nenhum deles o teria feito sangrar até a morte - mas encontraram duas marcas de envenenamento em duas das feridas.


Após uma breve confabulação decidiram chamar um botânico ou curandeiro. Esth guiou Kimberly para o alienário onde ela conheceu um velho herborista chamado Belchior. Enquanto isso Abur fazia companhia para o corpo e tentava encontrar algo mais, Eldrwin cochilava na carroça e Hasz procurava se hidratar. Morten foi fazer suas próprias perguntas para quem ele achava que devia.

Quando Belchior analisou o corpo ele mesmo não encontrou sinal de nenhum tipo de veneno sofisticado, apenas vários cheiros e resquícios do que, julgou ele, era um preparado de tudo que alguém poderia fazer de forma caseira, desde afundar uma lâmina em carniça ou em dejetos. Certamente, ponderou ele, há algo no meio disso que causou um morte rápida, mas ele não tinha como identificar apenas com aquela pequena amostra e não tinha como preparar uma cura sem saber o que é.

Em seguida almoçaram na Marco do Percurso  e discutiram os próximos passos. Decidiram conversar com os fazendeiros que encontraram o corpo e que estavam vendendo os produtos da fazenda de porta em porta. Não acrescentaram muito, mas Hasz comprou uma melancia. Depois disso foram até a casa de Belchior mais uma vez onde pegaram com ele variadas ervas que poderiam vir a serem úteis e foram para casa de Tamerlim Olsen, pai de Hilda, com quem conversaram e descobriram mais alguns detalhes do desaparecimento dela, como a ultima vez que ela foi vista (com Esth) e que partiu para a venda pela cidade de flores e não voltou. E descobriram também que no intervalo de alguns meses outros elfos haviam desaparecido também.

Visitaram as famílias dos desaparecidos fazendo perguntas e descobriram três desaparecidos: Brollin um cervejeiro mulherengo que atrai confusão, Andy um mascate simpático e por fim, Lisa, uma adolescente que desapareceu no caos que se seguiu à um ataque ao alienário pouco mais de um mês antes depois que sua casa, dentre outras, foi incendiada. Testaram como seria se alguém saísse do alienário carregando um elfo colocando Eldrwin em um saco e o carregando nas costas, o que Hasz fez nada delicadamente. Ninguém pareceu se preocupar com  gigante bárbaro e seu pacote suspeito.

Reunidas essa informações já era noite. Kimberly foi para casa onde teve uma conversa séria com Gwen onde lhe falou dos riscos de possessão e da necessidade de disciplinar a mente  e conversou com o pai sobre os acontecimentos do dia e ele lhe sugeriu conversar com seu primo, Henrisson. Abur e Hasz cearam na taverna e foram para seus quartos. Eldrwin foi mais uma vez para o quarto com a elfa que conheceu na noite do ataque, Mia era seu nome, como ele veio a descobrir. Esth vagou pela cidade tentando perceber algo fora do comum ou até mesmo se fazer de alvo mas nada de ruim aconteceu a ele. Passou em frente à casa de Guiorgui mas aparentemente não havia ninguém mesmo tarde da noite.

9:38 dia 28 do Mês do Desabroche. Na manhã seguinte Kimberly foi ter com seu tio que a recebeu cortesmente em seu casarão, prometeu todo suporte possível e não ajudou em nada. Além de ter deixado Kimberly desconfiada de que ou ele não sabia de nada ou estava mentindo pois ele contradisse informações que ela já conhecia sobre os ataques ao alienário.

Enquanto isso Abur, Eldrwin, Esth e Hasz foram até a sede da guarda onde os corpos dos atacantes do alienário se encontravam e fizeram o reconhecimento. Pouco diziam sobre os crimes. Dentre eles apenas Gleiser chamava alguma atenção, como parente de um cavaleiro. Depois de se reunirem e conversarem novamente com os fazendeiros que vinham iam diariamente para Vanover para revender os produtos das fazendas decidiram então irem visitar as fazendas próximas fazer perguntas.

Visitaram as fazendas mais próximas e não tiveram dificuldades de escutar informações que acharam interessantes. Uma delas é o fato de que os templários visitavam eles mesmos as fazendas de tempos em tempos, aparentemente por nada além de jogar conversa fora e comer às custas dos fazendeiros. Outra informação, que Abur encontrou de um velho pescador que nem sabia que um dos templários havia sido assassinado, é que os templários iam para a floresta Breciliana com certa periodicidade e marcavam a entrada do seu caminho com pedaços de tecido amarrados nos galhos das árvores. Naquela mesma manhã um templário (que só poderia ser Guirgui) para lá se dirigiu há menos de uma hora. E foi para lá que, após Abur e Kimberly trocarem informações, encontrarem Hasz que conversava com alguns lavradores sem camisa e Esth tentando se comunicar com alguns dos trabalhadores através de Eldrwin, que o grupo se dirigiu: em busca dos rastros do templário.

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